Soneto Matinal
Soneto localizado em um caderno onde poemas de Bocage e de Pedro José Constâncio estavam misturados, não tendo se chegado em nenhuma conclusão definitiva sobre a autoria do mesmo.
Eram seis da manhã; eu acordava Ao som de mão, que à porta me batia;
"Ora vejamos quem será"... dizia, E assentado na cama me zangava.
Brando rugir da seda se escutava, E sapato a ranger também se ouvia...
Salto fora da cama... Oh! que alegria Não tive, olhando Armia, que arreitava!
Temendo venha alguém, a porta fecho:
Co'um chupão lhe saudei a rósea boca, E na rompente mama alegre mexo:
O caralho estouvado o cono aboca;
Bate a gostosa greta o rubro queixo, E a matinas de amor a porra toca.
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