Soneto do Pregador Pecador
Bojudo fradalhão de larga venta, Abismo imundo de tabaco esturro, Doutor na asneira, na ciência burro, Com barba hirsuta, que no peito assenta:
No púlpito um domingo se apresenta;
Pregas nas grades espantoso murro;
E acalmado do povo o grão sussurro O dique das asneiras arrebenta.
Quatro putas mofavam de seus brados, Não qu'erendo que gritasse contra as modas Um pecador dos mais desaforados:
"Não (diz uma) tu padre não me engodas:
Sempre, me hé-de lembrar por meus pecados A noite, em que me deste nove fodas"!
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