Soneto do Diálogo Conjugal
Não chores, cara esposa, que o Destino Manda que parta, à guerra me convida;
A honra prezo mais que a própria vida, E se assim não fizera, fora indigno.
"Eu te acho, meu Conde, tão menino Que receio..." — Ah! Não temas, não, querida;
A francesa nação será batida, Este peito, que vês, é diamantino.
"Como é crível que sejas tão valente?..."
Eu herdei o valor de avós, e pais, Que essa virtude tem a ilustre gente.
"Porém se as forças desiguais...?"
Irra, Condessa! És muito impertinente!
Tornarei a fugir, que queres mais?
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