Soneto (Des)pejado
Num capote embrulhado, ao pé de Armia, Que tinha perto a mãe o chá fazendo, Na linda mão lhe fui (oh céus) metendo O meu caralho, que de amor fervia:
Entre o susto, entre o pejo a moça ardia;
E eu solapado os beijos remordendo, Pela fisga da saia a mão crescendo A chamada sacana lhe fazia:
Entra a vir-se a menina... Ah! que vergonha!
"Que tens?" — lhe diz a mãe sobressaltada:
Não pode ela encobrir na mão langonha:
Sufocada ficou, a mãe corada:
Finda a partida, e mais do que medonha A noite começou de bofetada.
O que você achou desse texto?
Comente abaixo e participe!
Responder
0 respostas
Reagir