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Soneto da Mocetona Pudibunda

Soneto localizado em um caderno onde poemas de Bocage e de Pedro José Constâncio estavam misturados, não tendo se chegado em nenhuma conclusão definitiva sobre a autoria do mesmo.
Levanta Alzira os olhos pudibunda Para ver onde a mão lhe conduzia;
Vendo que nela a porra lhe metia Fez-se mais do que o nácar rubicunda:
Toco o pentelho seu, toco a rotunda Lisa bimba, onde Amor seu trono erguia;
Entretanto em desejos ardia, Brando licor o pássaro lhe inunda:
C'o dedo a greta sua lhe coçava;
Ela, maquinalmente a mão movendo, Docemente o caralho embalava:
"mais depressa" — lhe digo então morrendo, Enquanto ela sinais do mesmo dava;
Mística pívia assim fomos comendo.


Domínio Público Gov.BR


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