Soneto da Donzela Ansiosa
Arreitada donzela em fofo leito, Deixando erguer a virginal camisa, Sobre as roliças coxas se divisa Entre sombras subtis pachocho estreito.
De louro pêlo um círculo imperfeito Os papudos beicinhos lhe matiza;
E a branda crica nacarada e lisa, Em pingos verte alvo licor desfeito.
A voraz porra, as guelras encrespando, Arruma a focinheira, e entre gemidos A moça treme, os olhos requebrando.
Como é inda boçal, perder os sentidos;
Porém vai com tal ânsia trabalhando, Que os homens é que vêm a ser fodidos.
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