Soneto ao Árcade Lereno
dirigido ao padre Domingos Caldas Barbosa (Lereno Selinuntino) ao tempo das contendas com os Árcades.
Nojenta prole da rainha Ginga, Sabujo ladrador, cara de nico, Loquaz saguim, burlesco Teodorico, Osga torrada, estúpido rezinga;
E não te acuso de poeta pinga;
Tens lido o mestre Inácio, e o bom Supico;
De ocas idéias tens o casco rico, Mas teus versos tresandam a catinga:
Se a tua musa nos outeiros campa, Se ao Miranda fizeste ode demente, E o mais, que ao mundo estólido se incampa:
É porque sendo, oh! Caldas, tão somente Um cafre, um gozo, um néscio, um parvo, um trampa, Queres meter nariz em cu de gente.
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