Regina Martyrum
Lírio do Céu, sagrada criatura, Mãe das crianças e dos pecadores, Alma divina como a luz e as flores Das virgens castas a mais casta e pura;
Do Azul imenso, d’essa imensa altura Para onde voam nossas grandes dores, Desce os teus olhos cheios de fulgores Sobre os meus olhos cheios de amargura!
Na dor sem termo pela negra estrada Vou caminhando a sós, desatinada, - Ai! pobre cega sem amparo ou guia! -
Sê tu a mão que me conduza ao porto...
Ó doce mãe da luz e do conforto, Ilumina o terror d’esta agonia!
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