Olá, guardador de rebanhos
1ª publ. in Athena, nº 4. Lisboa: Jan. 1925.
«Olá, guardador de rebanhos, Aí à beira da estrada, Que te diz o vento que passa?»
«Que é, vento, e que passa, E que já passou antes, E que passará depois.
E a ti o que te diz?»
«Muita cousa mais do que isso.
Fala-me de muitas outras cousas.
De memórias e de saudades E de cousas que nunca foram.»
«Nunca ouviste passar o vento.
O vento só fala do vento.
O que lhe ouviste foi mentira, E a mentira está em ti.»
O que você achou desse texto?
Comente abaixo e participe!
Responder
0 respostas
Reagir