Mistério
À Memória do Pequeno Alberto.
Sei que tu’alma carinhosa e mansa Voou, sorrindo, para o Azul celeste;
Sei que teu corpo virginal descansa Aqui da terra n’um cantinho agreste.
Tudo isto sei: mas tu não me disseste Se lá no Céu, na pátria da Esperança, Ou aqui no mundo, à sombra do cipreste, Deixaste o coração, loura criança!
Desceu acaso com o corpo à terra Ele tão puro e que só luz encerra?
Não creio n’isso e ninguém crê de certo...
Entanto, eu cismo que, num vale ameno, Talvez o seio de um jasmim pequeno Sirva de berço ao coração de Alberto.
Macaíba - Março de 1895
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