Lydia
A Esther
Feliz de quem se vai na tua idade, Murmura aquele que não crê na vida, E não pensa sequer na mãe querida Que te contempla cheia de saudade.
Pobre inocente! Se alegrar quem há-de Com tua sorte, rosa empalidecida!
Branca açucena inda em botão, caída, O que irás tu fazer na eternidade?
Foges da terra em busca de venturas?
Mas, meu amor, se conseguires tê-las, De certo, não será nas sepulturas.
Fica entre nós, irmã das andorinhas:
Deus fez do Céu a pátria das estrelas, Do olhar das mães o Céu das criancinhas.
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