Incultas produções da mocidade
Incultas produções da mocidade Exponho a vossos olhos, ó leitores.
Vede-as com mágoa, vede-as com piedade, Que elas buscam piedade e não louvores.
Ponderai da Fortuna a variedade Nos meus suspiros, lágrimas e amores;
Notai dos males seus a imensidade, A curta duração dos seus favores.
E se entre versos mil de sentimento Encontrardes alguns, cuja aparência Indique festival contentamento, Crede, ó mortais, que foram com violência Escritos pela mão do Fingimento, Cantados pela voz da Dependência.
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