Eterna Mágoa
O homem por sobre quem caiu a praga Da tristeza do Mundo, o homem que é triste Para todos os séculos existe E nunca mais o seu pesar se apaga!
Não crê em nada, pois, nada há que traga Consolo à Mágoa, a que só ele assiste.
Quer resistir, e quanto mais resiste Mais se lhe aumenta e se lhe afunda a chaga.
Sabe que sofre, mas o que não sabe É que essa mágoa infinda assim, não cabe Na sua vida, é que essa mágoa infinda Transpõe a vida do seu corpo inerme;
E quando esse homem se transforma em verme É essa mágoa que o acompanha ainda!
FIM
Texto proveniente de:
Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa
A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo
Permitido o uso apenas para fins educacionais.
Texto-base digitalizado por:
Jornal da Poesia
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