Doente
A lua veio... foi-se... e em breve ainda, Há de voltar, a doce lua amada, Sem que eu a veja, a minha fada linda, Sem que eu a veja, a minha boa fada.
Ela há de vir, Ofélia desmaiada, Sob as nuvens do céu na alvura infinda Do seu branco roupão, noiva gelada, Boiando à flor de um rio que não finda.
Ela há de vir, sem que eu a veja... Entanto, Com que tristezas e saudoso encanto Choro estas noites que passando vão...
Ó lua! mostra-me o teu rosto ameno:
Olha que murcha à falta de sereno O lírio roxo do meu coração!
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