Assim!
Viste o lírio da campina?
Lá s'inclina E murcho no hastil pendeu!
- Viste o lírio da campina?
Pois, divina, Como o lírio assim sou eu!
Nunca ouviste a voz da flauta, A dor do nauta Suspirando no alto mar?
- Nunca ouviste a voz da flauta?
Como o nauta É tão triste o meu cantar!
Não viste a rola sem ninho No caminho Gemendo, se a noite vem?
- Não viste a rola sem ninho?
Pois, anjinho, Assim eu gemo, também!
Não viste a barca perdida, Sacudida Nas asas dalgum tufão?
- Não viste a barca fendida?
Pois querida Assim vai meu coração!
Rio - 1858.
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