Ao Pé do Túmulo
Eis o descanso eterno, o doce abrigo Das almas tristes e despedaçadas;
Eis o repouso, enfim; e o sono amigo Já vem cerrar-me as pálpebras cansadas.
Amarguras da terra! eu me desligo Para sempre de vós... Almas amadas Que soluças por mim, eu vos bendigo, Ó almas de minh’alma abençoadas.
Quando eu d’aqui me for, anjos da guarda, Quando vier a morte que não tarda Roubar-me a vida para nunca mais...
Em pranto escrevam sobre a minha lousa:
"Longe da mágoa, enfim, no céu repousa Quem sofreu muito e quem amou demais".
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