A Ulina
Da miseranda Inês o caso triste Nos tristes sons, que a mágoa desafina, Envia o terno Elmano à terna Ulina, Em cujos olhos seu prazer consiste.
Paixão, que, se a sentir, não lhe resiste Nem nos brutos sertões alma ferina, Beleza funestou quase divina, De que a memória em lágrimas existe.
Lê, suspira, meu bem, vendo um composto De raras perfeições aniquilado Por mãos do Crime, à Natureza oposto.
Tu és cópia de Inês, encanto amado;
Tu tens seu coração, tu tens seu rosto...
Ah!, defendam-te os Céus de ter seu fado!
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