A Manhã fresca está, sereno o vento
A Manhã fresca está, sereno o vento, O monte verde, o rio transparente, O bosque ameno; e o prado florescente Fragâncias exalando cento a cento.
O Peixe, a Ave, o Bruto, o branco Armento, Tudo se alegra; e até sair a gente Dos rústicos casais se vê contente, E discorrer com vário movimento.
Este cava, outro ceifa e aquele o gado Traz no campo a pastar de posto em posto;
Outro pega na fouce, outro no arado.
Tudo alegre se mostra: e só disposto Tem contra mim o indispensável fado, Que em nada encontre alívio, em nada gosto.
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